O livro Percepção do ambiente construído. Por mais humanização em arquitetura e urbanismo é uma coletânea de artigos, que formam seus capítulos, os quais se propõem aglutinar reflexões em que pesquisadores da Arquitetura e Urbanismo e de outras subáreas do conhecimento humano lançam mão repertórios e referências teóricas ancoradas nas ciências sociais aplicadas com ênfase nos princípios da Percepção, na etnografia, na sensibilidade humana e na História, a fim de provocar uma discussão para que se tenha maiores no trato com os ambientes construídos, tornando-os mais humanizados.
A temática surgiu a partir da lacuna existente quanto ao sentimento humano com o lugar, que nesse momento deixa de ser somente um espaço geométrico plano ou tridimensional, para se tornar um habitat mais humanizado, sensível e que satisfaça aos anseios dos usuários nas suas múltiplas dimensões. Isso muitas vezes é negligenciado pelos produtores espaciais ávidos por brotar novas formas concretas no meio urbano, em apelo às carências mais imediatas dos seres humanos e/ou à ambição do mercado imobiliário, que mais visa o poderio econômico e rentável.
Trata, desse modo, do uso de princípios ou fundamentos do tema “percepção”, como um recurso aliado aos estudos, às pesquisas, aos projetos e às obras de arquitetura e urbanismo. Assim, leva-se em consideração que o ser humano, no seu processo existencial, observa através dos sentidos e da percepção, que vai além dos cinco sentidos ou se utiliza da reunião desses para que haja maior e melhor interação entre sujeito e ambiente, utilizando, portanto, suas funções cognitivas para atribuir significados aos fenômenos que se apresentam diante dos estímulos sensoriais.
A partir da sua vivência pregressa, suas experiências no mundo, o ser humano se sente envolto em determinado ambiente, podendo observá-lo para melhor percebê-lo nas suas especificidades físicas ou mesmo as imateriais.

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