Esta postagem será alimentada com novas informações sobre o projeto da “Sede Campestre” do clube Assembléia Paraense concebido pelo professor aposentado da FAU: Milton Monte.
Estas imagens estão em fase de catalogação, falta-lhes datação e autoria.
Arquivo 2008:
“Faculdade de Arquitetura homenageia Milton Monte na recepção ao calouro
O Arquiteto Milton Monte foi o mestre homenageado na recepção ao calouro da Faculdade de Arquitetura da UFPA, realizada na última quarta-feira (27), no Atelier de Arquitetura, localizado no campus profissional.
Professor aposentado da UFPA, após 48 anos dedicados ao magistério, Milton Monte começou atuar como arquiteto na década de 60 e se destaca nacionalmente em projetos voltados para a arquitetura tropical. O arquiteto buscou inspiração nas casas indígenas e usou elementos da região como matéria-prima em seus projetos, criando um estilo amazônico de construção.
Ganhador de diversos prêmios, inclusive internacionais, Milton tem projetos até em Cingapura, ‘Não me envergonho da cultura da minha terra, o mais longe que pude levá-la, eu levei’, disse . O professor foi um dos 10 nomes convidados para a Sétima Bienal Internacional de Arquitetura, seus trabalhos impressionaram personalidades como o cineasta brasileiro Hector Babenco. Dentre suas construções na universidade estão o Campus Básico e a caixa d`água da UFPA.
‘Dizem que Engenheiros e Arquitetos são os grandes construtores do mundo moderno, os responsáveis pelas características urbanas e as marcas da contemporaneidade. De certa forma pode-se dizer que o arquiteto Milton Monte foi de encontro a muitas dessas idéias. Ao invés de construir projetos que seguissem as tendências da modernidade, preferiu recorrer ao primitivo criando uma arquitetura que além de sofisticada e autêntica são obras que denotavam um grande poder de antevisão a respeito das causas ambientais’, disse Irving Montar Franco, vice-diretor da Faculdade na saudação ao Arquiteto.
Na palestra ‘Amazônia em diversidade’, que proferiu aos alunos ingressantes do curso de arquitetura e urbanismo, o Arquiteto declarou com humor ‘Eu não sou palestrante, sou um velho professor ou um professor velho’, brincou . O professor explicou que unir estrutura e forma nos seus projetos não é um aspecto meramente estético, mas funcional e que sua obra prima pela felicidade e conforto de seus usuários.
Nascido em 28 de janeiro de 1928, em Xapuri, no Acre, Milton definiu-se como um paraense de coração. Contou aos estudantes que se formou em Engenharia antes de cursar Arquitetura, nos anos 60, e que foi nesse período que voltou o olhar ao primitivo, às palafitas amazônicas, à palha que cobria a casa dos índios, a argila e a madeira. E foi nesse ambiente que o Arquiteto implementou uma das suas mais marcantes características: o beiral quebrado que possibilita apreciar um dia de chuva com as janelas abertas. ‘Muito mais do que conhecimento, observações como essas exigem sensibilidade’, recomenda.
Falando sobre as novas perspectivas dos Arquitetos nesse novo contexto urbano de conservação ambiental, o professor disse que ‘Nas cidades viciadas como Belém é difícil fazer alguma coisa. No interior é mais fácil, há muito por fazer. Não podemos descuidar do interior, porque se nós não acreditarmos, não vai acontecer’.
Milton Monte fez um apelo aos alunos para que não esqueçam os grandes nomes da Arquitetura regional, pessoas que já não estão atuando, mas que foram importantes para o desenvolvimento da identidade amazônica nos projetos arquitetônicos. ‘A sofisticação moderna é importante para a produção de um projeto na arquitetura, mas só a sensibilidade do olhar voltado para aquilo que parece comum faz uma obra autêntica’, ensina.“ Texto de Tamiles Costa publicado na Imprensa UFPA em 28 de fevereiro de 2008.
Singela homenagem ao Milton Monte pala passagem de seus 80 anos (encontrada na Internet):
Este vídeo pertence ao Canal de art2007az, onde está sem áudio; o tributo, aparentemente familiar, fora postado em 28 de janeiro de 2008 e, até esta incorporação: às 20h de 22 de julho de 2010, exibira-se 148 vezes sem nenhum comentário.
Páginas de AP MEMÓRIAS 1915 a 1992, de Mário Dias Teixeira.
Mário Dias Teixeira quando titular da SPVEA — Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, em 1963. (Início do filme de Milton Mendonça.)
Esse cara é o maximo!!!
Não conhecia esse material na internet e com certeza sensibilizou a todos nós da família.
Arlete Camargo