CO-BO-GÓ (COimbra, BOeckmann e GÓis)

Caixa D’água do Alto da Sé em Olinda.

Exemplares de cobogós ou combogós.

Das iniciais dos sobrenomes dos engenheiros Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de is nasceu a palavra “cobogó”. Assim registrada por Aurélio Buarque de Holanda em seu compêndio para dar nome a elementos vazados empregados na construção.
Originalmente de concreto ou cerâmica, hoje em dia também de vidro, o cobogó segue o mesmo princípio dos modernos brises de aço ou antigos elementos de madeira da arquitetura moura: solução para o fechamento de estruturas que, por serem vazados, permitem passagem de luz e ventilação.
Os citados engenheiros, atuantes no Recife e Olinda na primeira metade do século XX, registraram a patente e o nome em 1929. Uma das primeiras obras em que são identificados é o Prédio da Caixa D’Água do Alto da Sé, em Olinda (1934), e a produçao em série dos elementos no Brasil ficou na história como original de Pernambuco.
Marco moderno
Projeto do arquiteto Luís Nunes, a Caixa D’Água do Alto da Sé – apesar de ter sua localização criticada, no meio de um sítio histórico do período colonial -, é considerada um marco da arquitetura moderna brasileira pelo uso de pilotis e a forma pura da construção, que utiliza uma fachada cega e outra totalmente vazada, com cobogós.
O mesmo recurso, de fachadas vazadas com cobogós, foi posteriormente usado por Oscar Niemeyer em diversos edifícios de Brasília. E ainda é, como na recente Biblioteca Nacional de Brasília (2006).
No Recife, onde é vastamente utilizado em diversos tipos de construção, é conhecido por “combogó”, grafia também aceita pela norma culta da língua portuguesa no Brasil.

Texto retirado do site Constructalia.

Alex Mendes, aluno da FAU, nos enviou, por comentário, o link de uma postagem dele no ARQUITETÔNICO, feita em 29 de março de 2011.
Alex complementa as informações sobre cobogó com textos e imagens.
Vale a pena conferir!

Sobre o Projeto Laboratório Virtual - FAU ITEC UFPA

Ações integradas de ensino, pesquisa e extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará - em atividade desde maio de 2010. Prêmio Prática Inovadora em Gestão Universitária da UFPA em 2012. Corpo editorial responsável pelas publicações: Aristoteles Guilliod, Fernando Marques, Haroldo Baleixe, Igor Pacheco, Jô Bassalo e Márcio Barata. Coordenação do projeto e redação: Haroldo Baleixe.
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3 respostas para CO-BO-GÓ (COimbra, BOeckmann e GÓis)

  1. StelioSantaRosa disse:

    Mais uma que aprendi, até que não errava muito com meus alunos, chamava elemento vazado ou combogó, obrigado!

  2. cristina disse:

    onde encontro a mesa de madeira para comprar ? obrigada

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