A polícia ART DECÓ de Belém (mas…e os CLIPPERS?)



_________________________________
Não houve avanços em relação às investigações dos CLIPPERS, mas esse inusitado relatório da Polícia Civil do Estado do Pará mostra uma preocupação institucional com a padronização das edificações públicas.
Outro fato curioso é que governador (interventor) e prefeito tiveram mandatos simultâneos, inclusive na maior parte do Estado Novo (Ditadura) de Vargas (1937/1945).
Antes de Abelardo Condurú nenhum outro prefeito (pós Revolução de 1930) havia se estabelecido por tanto tempo no poder — entre 1932/33 ele já ocupara o cargo máximo do poder municipal por indicação do “revolucionário” (interventor) Magalhães Barata.
No fundo faz-se necessário comprovar que os CLIPPERS, termo que só em Belém é atribuído às paradas de ônibus, foram construídos ainda na década de 1930, fazendo jus à novidade e glamour dos voos dos hidroaviões sobre o centro da Cidade.
É a velha história: ninguém ganha apelido de graça.
Mas o Album da Polícia Civil aponta para outro questionamento: quem foi o fotógrafo SOLIVA?
SOLIVA é a assinatura que consta em todas as fotografias que compõem o relatório do Senador do Estado e Intendente Municipal, Antonio de Almeida Facióla, deposto, junto com Eurico Valle, após a Revolução de 1930.
SOLIVA pelo visto transitava em várias esferas do poder público, mesmo que, de matizes distintos; coisa de artista, ou, de camaleão.
Também surge na trama um personagem novo, o engenheiro civil Arnaldo Baena, que assina um projeto de ampliação, com o acrescimo de um terceiro pavimento na Central de Polícia; prédio que o Álbum relata como “completamente pintado e reformado externa e internamente”.
Pelo visto os CLIPPERS se tornaram um “caso de polícia”.
_________________________________


“Predio onde funciona a Policia Civil, completamente pintado e reformado externa e internamente.” e “Carro Celular, Ambulancia, Carro de serviço de plantão, Carro do serviço do Chefe de Polícia e Carro do serviço de verificação de obtos, todos novos e de aquisição recente.”.

Colaboração: Clóvis (Jr) e Ronaldo Moraes Rêgo.


Postscriptvm (o1/11/2014):
Acompanhe a evolução da pesquisa pelo SUMÁRIO que dá acesso às postagens sobre CLIPPERS até 24/10/2014.
Algumas informação contidas nesta postagem podem ter caído por terra em consequência da aparição de novos registros documentais.
Não fazemos nenhuma reparação nos textos originais, apenas colocamos esta nota ao final das publicações cobertas pelo período do resumo.
Aprendamos com os nossos erros.

Sobre o Projeto Laboratório Virtual - FAU ITEC UFPA

Ações integradas de ensino, pesquisa e extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará - em atividade desde maio de 2010. Prêmio Prática Inovadora em Gestão Universitária da UFPA em 2012. Corpo editorial responsável pelas publicações: Aristoteles Guilliod, Fernando Marques, Haroldo Baleixe, Igor Pacheco, Jô Bassalo e Márcio Barata. Coordenação do projeto e redação: Haroldo Baleixe. Membros da extensão do ITEC vinculada à divulgação da produção de Representação e Expressão: Dina Oliveira e Jorge Eiró.
Esta entrada foi publicada em Arquitetura, Arquitetura e Urbanismo, Belém, Fotografia, Fotografia antiga e marcada com a tag . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

3 respostas para A polícia ART DECÓ de Belém (mas…e os CLIPPERS?)

  1. Risoleta disse:

    Por que Soliva transitar em várias esferas do poder público é coisa de artista?

    • fauitec disse:

      Professora Risoleta:
      Até o momento não temos nenhuma referência sobre o fotógrafo SOLIVA (ou S. OLIVA) que, de antemão, julgamos artista, principalmente pela qualidade de alguns registros que ora aparecem com a sua assinatura; no caso específico com um intervalo de quase 10 anos entre Valle/Facióla e Malcher/Condurú (poder estadual/municipal), de ideologias demarcadas pelas Velha e Nova República como “antagônicas”.
      Frequentar essas autoridades de “matizes políticos distintos” é “coisa de artista” no sentido substantivo de ser SOLIVA um PROFISSIONAL de competência testada e comprovada; contudo, ficou em aberto, como contraponto, a possibilidade dele figurar-se CAMALEÃO, ou seja: um grandesíssimo filho da puta capaz de qualquer coisa para atender seus interesses pessoais.
      Chamá-lo ARTISTA foi o elogio ao trabalho fotográfico na frase.
      Grande abraço professora e obrigado por sua presença no BF,
      HB.

  2. Poderia SOLIVA ser o acrônimo de algum parente do fotógrafo Antonio Oliveira, estabelecido em Belém no início do século XX.

Deixe uma resposta