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Funcionários e professores ganharam um mimo da administração superior: um broche metálico esmaltado com o escudo da Universidade Federal do Pará; de qualidade elevada se comparado aos dois recebidos por ocasião dos 50 anos da Instituição, contudo, distante dos registros que possuímos do passado.
É fato que a Universidade do Pará, quando instalada em cerimônia no Teatro da Paz em 1959, já possuía o brasão que hoje repousa, na forma de medalhão, em vitrine do Museu da UFPA; as imagens da peça gráfica estão contidas em fotografias tiradas naquele dia e dão uma boa ideia de sua forma, mas não de suas cores.
Em 1964 Alcyr Meira desenhou o escudo da Universidade do Pará, publicado na revista Anais Científicos (que cobriu abril de 1964 a maio de 1965) e, posteriormente, o reprogramou à feitura de um novo medalhão, em uso desde Silveira Neto; possivelmente uma ruptura com a simbologia anterior ao Golpe Militar de 1964.
De uns anos para cá, ainda no reitorado passado, uma intervenção anônima descaracterizou a criação de Meira: alguém estilizou uma águia e a inseriu no escudo; uma ave que se assemelha à do Brasão D’ármas que ilustra a capa do Álbum do Pará de 1908 e é isso que estará em nossos peitos ou lapelas como consagração de um equívoco.
Nossas investigações não alcançaram a verdade sobre a suspeita autoria de Manoel de Oliveira Pastana no que chamamos de Brasão Original da UFPA, mesmo assim lançamos mão da Águia Guianense (ou de pantalonas, como disse uma vez o Fabiano Homobono) que lá está, como imagem-link do Blog da FAU ao Portal da UFPA.
Diante de todas as dúvidas, que a Instituição fique com a certeza absoluta assinada por Alcyr Boris de Souza Meira, sem lhe julgar a estética, mas em respeito à História.
Medalhão com o Brasão Original usado pelo primeiro reitor, Mário Braga Henriques, em 1959 e as correções que Meira fez em seu próprio desenho de 1964 à fundição da nova peça que comporia o colar reitoral desde o segundo mandato de Silveira Neto.
Por Haroldo Baleixe.