Se as universidades públicas federais não estivessem em greve por condições dígnas de trabalho e uma carreira docente coerente, dia 20 passado teríamos iniciado o 4º e último período letivo na UFPA — enganam-se aqueles que vociferam que greve é sinônimo de FÉRIAS no meio educacional, pois o estado de alerta é semelhante à espera de um avião que, por não estar no alcance do radar, tem um atraso sinistro.
Retomar as atividades para completar o 2º período letivo — que encerraria em 07 de julho de 2012 —, mesmo que imprescindível, é angustiante; é como se a roda do tempo girasse ao contrário, desconstruindo toda e qualquer razão.
Ter verdadeiras férias, junto à família, é algo que demorará muito, até que a casa se arrume e o calendário acadêmico seja fatiado de acordo com os 365 dias de um ano normal que comece em 01 de janeiro e finde em 31 de dezembro — e sabe-se lá quando ocorrerá.
As outras categorias do funcionalismo não têm esse padecimento: o que passou, passou; a vida no trabalho apenas segue, sem a responsabilidade de reparar o que ficou para trás.
Mas…deixemos essa aflição de lado para interpretar uma curiosa estatística do Blog da FAU:
Exatamente no dia 20 de agosto, como demonstra o quadro acima, a audiência diária do BF retornou aos níveis do mês de maio, quando as IFES iniciaram o movimento de paralisação.
A sensação é que os internautas da comunidade acadêmica estão a cantar em agonia, aos ouvidos moucos do Governo Dilma, Pedaço de Mim:
O que Pedaço de Mim tem a ver com a greve nas universidades?
Que exemplo estúpido e infeliz!
Tal qual a Dilma, que torturada, perdeu seus sentimentos.
A Carla deve ser do ProIfes, peleguinha, peleguinha.
Se é que tem alguma relação com as IFES, ou é só puxa do PT mesmo.
Vê a promessa da Dilma Carlinha, depois me canta.