Iniciamos o assunto Maternidade Escola de Belém na publicação O gigantesco Largo de São Brás e sua ocupação, quando questionamos: “… até que ponto ele (o projeto) saiu da prancheta de Karman.”.
Na sequência, em A maternidade-escola que virou colégio em Belém (1), especulou-se novamente sobre a autoria do plano do Maternidade Escola de Belém: “… O projeto executado fora o de Jarbas Bela Karman, com os ‘devidos ajustes à aprovação’ diante de parcas verbas; ou: teria a colaboração dos pensadores do Estádio Municipal de Belém?”.
As investigações sobre o edifício do Maternidade Escola de Belém, abandonado por anos ― possivelmente entre 1957 e 1964 ― até sofrer adaptações e ser inaugurado como Colégio Augusto Meira no início da Ditadura Militar no Estado do Pará, continuam; portanto, aos documentos:
O recorte de A Província do Pará mostra que o Maternidade Escola de Belém, apesar dos CR$1.082.000 repassados pelo Governo Federal entre 1949 e 1950, em agosto de 1952, era apenas um terreno vizinho ao Berço do Pobre de Belém.
O que ocorrera então, dentre 1949 e 1952? Discutira-se, por três anos, como conseguir verbas à monumental proposição de Jarbas Bela Karman?
Contudo, o jornal dá fé à autoria da planta (projeto) ao engenheiro civil Dilermando Cairo de Oliveira Menescal, vencedor de “concorrência pública” que assinaria contrato com a Sociedade Pró-Mater para ser o CONSTRUTOR da “estrutura de concreto armado” do hospital; mais detalhes em A Província do Pará de 31 de agosto de 1952.
Rastreou-se nos Diários Oficiais da União, um de 1953 e outro de 1956, uma soma de Cr$1.100.000 destinados ao Maternidade Escola de Belém, desta vez atrelado à Sociedade Pró-Mater, presidida pelo médico Clóvis Meira, justamente quem assina o contrato da obra com Dilermando Menescal ― ver as cláusulas do acordo entre as partes em A Província do Pará de 31 de agosto de 1952.
Composição do Governo Passarinho em Diário Oficial do Estado do Pará de 1964.
Entramos, por ora, em outro hiato: o de 1957 a 1964, quando a “estrutura de concreto armado” recebeu fechamento para, em 1º de abril de 1965, ser inaugurado o Colégio Augusto Meira, pelo então governador, a serviço do Golpe Militar de 1964, tenente-coronel Jarbas Gonçalves Passarinho, que tinha como secretário de Estado de Obras, Terras e Águas: o engenheiro Dilermando Menescal ― já sabido, desde 1952, como autor do projeto do Maternidade Escola de Belém.
Colaboração: Aristóteles Guilliod de Miranda.
Postscriptvm:
Estamos no rastro da datação desta foto, publicada em A maternidade-escola que virou colégio em Belém (1); contudo, pelo aqui comprovado, só pode ser de 1952 em diante.
Boa noite!
Primeiramente, gostaria de parabenizar os editores e colaboradores do Blog da FAU. Acompanho sempre as postagens e fico encantada com essa forma democrática e informal de produzir conhecimento.
Escrevo, no entanto, porque gostaria de saber quais as reflexões dos senhores a respeito do edifício de 23 andares que será finalizado em breve na Rua Nelson Ribeiro.
Aproveito o ensejo para recomendar um vídeo disponibilizado no Arch Daily sobre os fatores que fazem uma cidade agradável.
http://www.archdaily.com/604984/what-makes-an-attractive-city-try-these-6-points/?utm_source=ArchDaily+List&utm_campaign=3417265401-RSS_EMAIL_CAMPAIGN&utm_medium=email&utm_term=0_b5a382da72-3417265401-407813811
Saudações,
Jamile Tuma
Jamile:
Solicitei ao Jô Bassalo que respondesse o seu comentário.
Eis o que obtive (e com o qual concordo e publico):
“Harold, my dear friend.
Minha opinião, se publicada, pode me causar alguns problemas.
Portanto…
Abração,
Bassa”.
Entretanto, nada impede que alguém use este campo para “reflexões” sobre o edifício.
Aguardemos.