Referência: chaveiro de época.
Acima, no círculo vermelho, uma reprodução da marca comemorativa dos 350 anos da fundação da Cidade de Belém do Pará no ano de 1966; autor, por ora, desconhecido.
Abaixo: confrontação da marca dos 400 anos da cidade do Rio de Janeiro completados em 1965, criação de Aluísio Magalhães, com a de Belém: jogos geométricos sobre tabuleiros quadrados sugestionam cruzes gamadas a partir de caracteres, números e letras, a exemplo do “4” de 400, do embaralhado do “9” ao “6” (de 1966) e do “b” minúsculo de Belém, dentre outras percepções forjadas à visão da imagem invertida, como crianças usando ou fazendo corrupio — movimento circular, de festividade: girândola, roda-gigante, ciranda, estrela, etc.
In postscriptvm, o professor Fabiano Homobono, diretor desta FAU, chamou-nos a atenção à representação de um anel viário, significativo da expansão urbana nas direções norte-sul e leste-oeste, expressão política de desenvolvimento e modernidade, como espelho da construção e povoamento de Brasília, mesmo que naquele momento (1966) já estivéssemos subjugados pelo Regime Militar.
Vale ler o que nos disse, com espectro de depoimento, o Fabiano:
Na Travessa14 de Marco, entre as antigas Sao Jerônimo e Nazaré, as proximidades onde funcionou o Instituto Paraense, existe uma residência cuja calçada fou construida com blocos alusivos ao símbolo dos 350 anos de nossa Belém. Sua forma, parecem com quatro letras B, grafadas em minúsculo. A estudantada da época, sem ter uma clareza do significado dos “quatro b”, resumia da seguinte forma : Belém, Besteira, Burrice e Bandalheira.