As postagens Clippers – Theodoro Braga confirma suposições do BF e Projeto de CLIPPER comparado ao Taboleiro da Bahiana revelaram o plano arquitetônico, em vista frontal (“frente”), do CLIPPER Nº2 de Belém do Pará e a Folha do Norte assim o noticiou em 17 de fevereiro de 1939:
“… o senhor prefeito de Belém, resolveu auctorizar a construção de outro, no boulevard Castilhos França, na junção da referida via pública com a avenida 15 de Agosto…” e “… A construção, que terá um vão de 12 metros de cumprimento por 5 de largo, coberto por uma lage de cimento armado, é accrescida por uma pestana de 2 metros, também em cimento armado, sobre a rua, de maneira a permitir aos passageiros tomar qualquer vehiculo, bonde ou omnibus, sem molhar-se. A referida lage, servirá de ‘terasse’, de onde, em dias de festas, as autoridades e convidados, poderão assistir ao desfile de tropas, cortejos, etc…”.
Esse clipper surgiu como novidade às pesquisas do Blog da FAU, daí os questionamentos se ele fora erigido (de fato) ou mudado de situação (e desenho) — uma possiblidade, já que houve outro abrigo dessa “marca” (clipper) construído na mesma via, defronte ao antigo Galpão Mosqueiro/Soure. (Ver CLIPPER da Castilhos França em 1965)
A dúvida deixou as publicações em aberto, aguardando novas informações imagéticas, até que ontem, o editor do site parceiro Fragmentos de Belém, Igor Pacheco, nos enviou dois postais desses que bailam pela Internet sem nenhuma referência, mas que dão à visão a evolução do espaço e o exato posicionamento do Clipper nº2: “… Fica o mesmo localizado, inteiramente, sobre o passeio do boulevard, concorrendo para o embelezamento do jardim local.” (FN 17/02/1939).
Às imagens com o achado de Igor Pacheco:
A avenida 15 de Agosto é a atual Presidente Vargas; não vista nos postais, mas alinhada ao primeiro plano transversal; longitudinalmente segue-se mirando os jardins e o boulevard Castilhos França à direita, para onde se projetava o Clipper nº2, por isso a escada não é representada na prancha publicada nos jornais.
A primeira foto é certamente anterior ao ano de 1947 quando os bondes pararam de circular em Belém; a outra imagem, tacitamente posterior a notícia de 1939, mostra, além do Clipper nº2, o surgimento do edifício colado à Folha do Norte e o crescimento das árvores.
Permanecemos na busca por outras fotografias que melhor elucidem a forma do Clipper nº2, possivelmente um “novo” exemplo do Streamline Moderne na arquitetura belenense.
Postscriptvm (08/02/2016):
A foto acima pertence à Biblioteca do IBGE, contudo: sem autoria e datação; nela se pode ver detalhes da cobertura do Clipper nº2, ponto de vista do fotógrafo.
Postscriptvm (15/04/2016):
Quantas pessoas caíram desse clipper e morreram?
Segurança zero!
Clipper – tempo em que FESTA NA LAJE era ao som de Lírio mimoso!