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Cessaram-se as especulações contidas em Ruínas do complexo de isolamento do Tucunduba; as fotografias acima, comparadas, confirmam que o paredão limitador de alguns quintais entre a Barão de Igarapé Miri e a Jiparaná compunha o Pavilhão Antonio Lemos, enfermaria destinada ao sexo masculino no Leprosário do Tucunduba.
Apesar das imagens precárias, que serão substituídas quando melhores aparecerem, é possível perceber suficientes coincidências à afirmativa: o arco pleno da porta principal, a marcação da escadaria, os arcos abatidos dos vãos do porão, os sinais da pintura desbotada, os ângulos das águas, etc.
A fotografia de 1928 pertence ao professor Márcio Couto Henrique que topou participar da prosaica investigação coletiva em bate-papo com este editor pelo in box do Facebook; do mesmo modo inusitado o morador do setor, Ricardo Conduru, bombardeou-nos com imagens elucidativas; sem olvidar a Confraria da Memória*, pelo WhatsApp madrugada a dentro.
Do Pavilhão Antonio Lemos pouco descobrimos depois que o Márcio o reconheceu na foto que batera de um recorte do jornal Folha do Norte no acervo da hemeroteca da Santa Casa de Misericórdia — coube-nos a comprovação técnica perante o registro de Souza Araújo feito em 1945 —; por ora, o que temos sobre tal prédio está no relatório de 1928 que revela de modo sucinto o último ano do governo Dionysio Bentes (1925-28):
Note-se que o provedor da Santa Casa, à época, era o senador Antonio de Almeida Facióla, intendente municipal indicado pelo posterior governador: Eurico de Freitas Valle (1929-30).
São pistas às pesquisas futuras que, quiça, revelem por fotografias e mapas a real configuração do Hospício dos Lázaros como anunciava a placa de seu moderno pórtico:
*Confraria da Memória: Aristóteles Guilliod de Miranda, Haroldo Baleixe, José Maria de Castro Abreu Júnior, Regina Vitória Alves e Salomão Mendes — em ordem alfabética.
Foi um prazer colaborar! Aos poucos vamos juntando as peças dessa história tão importante. Abraços!
Bingo, Márcio!
Pelo menos pra esta fase.
Agora temos uma referência literalmente concreta: um “Norte”.
http://basearch.coc.fiocruz.br/index.php/uaakh
nesse link tem uma imagem que ainda não vi pelo blog da fau
aqui, também, um comovente relato sobre Rodrigo, filho de enfermos do Leprosário Tucunduba, ex escravos, soltos pelas condições envolvidas na doença
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702012000500009