O primeiro reitor da Universidade (Federal) do Pará, Mario Braga Henriques, bacharelou-se pela Faculdade Livre de Direito do Pará na turma de 1927 com 19 anos e seis mêses de idade e em toda a existência do tradicional estabelecimento de ensino superior, foi o único aluno que recebeu a medalha Teixeira de Freitas, prêmio especial destinado aos que se destacam excepcionalmente nos estudos jurídicos.
Em 1º de fevereiro de 1929 — antes de completar os 21 no dia 10 — foi nomeado official de gabinete do governador por Eurico de Freitas Valle, chefe do executivo estadual entre 1929-30 e professor cathedratico da referida Faculdade.
No dia 05 de abril de 1933, já com 25 anos, Mario Braga Henriques passou a integrar o Conselho da Faculdade de Direito como membro nato, uma vez que ocupara a vaga de cathedratico concursado de Direito Commercial aos 24; sua tese, datada de 1932: Das Sociedades Mercantis Irregulares.
Foi depois, durante vários períodos, diretor da Faculdade, tendo, na oportunidade, estimulado reformas de grande repercussão na vida do tradicional estabelecimento de ensino superior.
Licenciado da Faculdade Livre de Direito do Pará passou a exercer funções de consultor do Banco de Crédito da Amazônia na Agência da Capital Federal (Rio de Janeiro), ali fixando residência.
Em novembro de 1957 é convocado pelo Presidente da República (Juscelino Kubitschek de Oliveira) para dirigir a mais nova Universidade do Brasil; no caso a UP, Universidade do Pará, instituição federal.
Mario Braga Henriques cumpriu seu mandato de 3 anos de forma estatutária regular transmitindo o cargo de reitor a José Rodrigues da Silveira Netto no final de 1960 — Silveira reitorou por quase uma década: de dezembro de 1960 a julho de 1969, o que corresponderia, pelo Estatuto Original da UP, a três mandatos consecutivos de Henriques.
Por ora é o que se sabe de Mario Braga Henriques, o esquecido reitor de número um da Universidade Federal do Pará.
Fontes: A Província do Pará de 10FEV1959 e de 24ABR1959.
Colaboração: Aristóteles Guilliod de Miranda e
José Maria de Castro Abreu Júnior.
Cara, ele ainda tinha pescoço nessa foto. Jamais imaginei que veria um dia o pescoço do Mário Braga Henriques. Essa página é uma das melhores coisas da net.
Meu comentário em publicação passada foi apenas uma brincadeira e confesso que de mau gosto.
Respeito muito o trabalho de vocês e a página da fau é a minha principal atualmente.
Amadurecer numa academia de valores humanísticos e longe das crueldades do capital é o que pais honestos sonham para seus filhos.
O reitor Mario Braga Henriques é irretocável exemplo aos estudantes de hoje que tendem a sair da universidade federal do pará pela educação continuada já com o título de doutor.
Parabéns pela montagem biográfica que mostra literalmente que bacalhau tem cabeça.
Quede a família do Reitor Mário Braga Henriques?
Vi “diletos filhos e netos…”
Por onde andam esses uns?
Ele quando foi reitor já estava radicado no Rio de Janeiro . O retrato com dedicatória foi achado em um sebo de Recife. Cremos que os parentes dele morem nesses estados atualmente.