A publicação acima é do dia 5 de julho de 2012, nela questionamos quem seria o fotógrafo SOLIVA; hoje, pela colaboração de Luís Augusto Barbosa Quaresma, saberemos – parcialmente – de quem se trata:

Salvador Soliva, era provavelmente espanhol, radicado no Rio de Janeiro, atuou como gravador na revista ilustrada O MALHO e teve um empresa de clichês fotográficos chamada Photogravura Sul-Americana de propriedade de Salvador Soliva & Cª, este estabelecimento sediado na capital federal quase pegou fogo em 1918. Em 1920 a sociedade de Salvador Soliva, Gunther Kessler e Wilhehm Puhlmann se desfez, ainda assim, a photogravura Sul Americana continuou funcionando pelo menos até a década de 1930, com Puhlmann à frente da empresa. Era também integrado a eventos sociais vinculados à comunidade hispânica na capital federal, foi um dos fundadores e primeiro presidente do Iberia Football Club, que segundo os jornais da época, já na sua criação possuía grande número de participantes da comunidade espanhola. Não se sabe ao certo a data de sua vinda para Belém, mas em 1928 já integrava o grupo de funcionários do periódico “Correio do Pará”, junto com Luiz Gomes (Possivelmente Jacques Flores), Xisto Sant’Anna e Muniz Barreto, aqui atuou como fotógrafo, ilustrador e gravador, em 1935 era fotogravador do Diário do Estado, chegando a ter um contrato com o governo do estado para receber gratuitamente todo o material fotográfico e de gravura do governo, tal contrato foi desfeito por José Malcher em 1936, definindo que este material seria vendido em concorrência pública. Aqui em Belém ele também produziu boa parte do material fotográfico oficial e de divulgação do estado, como fotos para álbuns de governo e relatórios da década 1930, além de ter participado da edição de periódicos como a revista “Guajarina”, fazendo diversas capas para a publicação. Soliva morreu em Belém, em 1940 e seu inventário, arquivado no Centro de Memória da Amazônia, foi realizado por Maria Judith Braga Soliva.
Links às informações:
O Malho – http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=116300&pagfis=22525
Almanak Laemmert (Empresa) – http://memoria.bn.br/DocReader/313394/70376
Jornal do Commercio (Sócios) – http://memoria.bn.br/DocReader/364568_10/49306
O Paiz (Incêncio) – http://memoria.bn.br/DocReader/178691_04/39378
O Paiz (Empresa Desfeita) – http://memoria.bn.br/DocReader/178691_05/3741
Jornal do Commercio (Fim da Empresa) – http://memoria.bn.br/DocReader/364568_11/48139
O Paiz (Iberia) – http://memoria.bn.br/DocReader/178691_04/43995
O Paiz (Correio do Pará) – http://memoria.bn.br/DocReader/178691_05/32867
Almanak Laemmert (Fotogravador) – http://memoria.bn.br/DocReader/313394/114098
Diario de Noticias (Contrato) – http://memoria.bn.br/DocReader/093718_01/25835
O Liberal (Guajarina) – http://memoria.bn.br/DocReader/761036/4568
Revista Quero, Nº 24, outubro de 1940, p. 8 (Morte) – http://obrasraras.fcp.pa.gov.br/publication/file/periodicos/quero-1940/228/
Referência do Inventário – https://www.cma.ufpa.br/pdf/catalagosinventarios578e11varas.pdf

1929: o intendente Antonio Faciola, o engenheiro Domingos Acatauassu Nunes e a sombra do fotógrafo Salvador Soliva em registro das obras da avenida Tito Franco.