Do Brasão Original da UFPA III

Detalhes construtivos do Brasão Original e do escudo de Alcyr Meira (imagem ampliável).
Observa-se que a “águia sobre o livro” do brasão registrado em 1959, já cunhado no medalhão sobre o capelo de Mário Braga Henriques na instalação da UFPA, é dotada de controle perspéctico; quem concebeu esse agrupamento dominava técnicas de representação e as expressões provocadas pelos efeitos visuais.
Tal detalhe reforça o apelo gráfico contido no Brasão Original; mais precisamente no conjunto em destaque utilizado no ensaio gráfico, fiel à referência primária e distinto do “enxugamento” e interferências procedidos por Alcyr Meira entre 1964 e 1965.

Sobre o Projeto Laboratório Virtual - FAU ITEC UFPA

Ações integradas de ensino, pesquisa e extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará - em atividade desde maio de 2010. Prêmio Prática Inovadora em Gestão Universitária da UFPA em 2012. Corpo editorial responsável pelas publicações: Aristoteles Guilliod, Fernando Marques, Haroldo Baleixe, Igor Pacheco, Jô Bassalo e Márcio Barata. Coordenação do projeto e redação: Haroldo Baleixe.
Esta entrada foi publicada em Sem categoria e marcada com a tag , , , , , , , , , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

17 respostas para Do Brasão Original da UFPA III

  1. Rômulo Pageú disse:

    Prezados professores e webdesigner da FAU:
    Em primeiro lugar parabenizo pela pesquisa e pelos resultados gráficos expostos no site de vocês.
    Se for possível gostaria de receber por e-mail as fotografias, em alta resolução, onde aparece o Brasão Original da UFPA no Teatro da Paz.
    Quero trabalhar a imagem.
    Retornarei os resultados.
    Obrigado pela atenção.
    Rômulo.

  2. fauitec disse:

    Caro Rômulo:
    Conforme sua solicitação as imagens que possuimos, fornecidas por Patrick Pardini do Museu da UFPA, foram enviadas ao e-mail postado junto ao comentário.
    Aguardamos o resultado do seu trabalho, passível de publicação neste Blog.
    Equipe de Edição.

  3. Juan Lemos disse:

    Essa águia do Meira parece uma pomba lesa e é feia pra caraca.
    A outra lembra a Luftwaffe.

  4. Graça Pena disse:

    Sem duvida que devemos resgatar o brasão original para uso oficial da UFPA, de imediato. Substituir o falso atual que tem figurado em varias páginas do portal, documentos e impressos da UFPA, o que é um acinte a memoria, pelo verdadeiro, assim, respeitar e seguir na íntegra o disposto na Resolução Nº17 de 12 de junho de 1969, assinada por Silveira Neto, há 40 anos que ainda está em vigência, pois não nenhuma outra a atualizou e/ou revitalizou o símbolo. É complicado mexer ou querer alterar o passado institucional, pertence a história e tem que ser preservado.

    • Bernadete Campos disse:

      Senhora Graça Pena, pelo que entendi dessa história, o Brasão Original não tem autor, ou dele não se sabe, ou não se comprova quem foi, se fosse para marcar com um “X” eu marcaria Manoel Pastana, basta ver o trabalho cuidadoso desse ARTISTA GRÁFICO, é isso mesmo comprovadamente um precursor das artes gráficas e do design brasileiro, o que daria muito orgulho para a nossa UFPA ter o BRASÃO feito por ele.
      Não entendo o porquê do Alcyr Meira ter se metido nisso e criar uma nova marca sem citar a fonte que evidentemente foi sua referência já está na cara que ele copiou e copiou muito mal, uma ESTILIZAÇÃO de Pastana ou não da melhor qualidade.
      A águia de Alcyr é medonha e nada diz senão à cupula do poder antidemocrático de Silveira Neto, um simpatizante da ditadura militar, como Meira que foi vice no mandato posterior do Aluísio Chaves apoiado pelo coronel Jarbas Passarinho, só faltava a Resolução 17 ser assinada no mandato de Meira, aí era sacanagem demais.
      Por que não fizeram um Concurso Público?
      Vai me dizer senhora que Belém não tinha pessoas melhores que o Alcyr Meira para resolver o problema.
      Se a senhora gosta da Resolução 17, é bem provável que simpatize com o AI-5, não?
      Está escrito por aí pelo blog que tudo aconteceu no apagar das luzes da gestão do já sem mantato Silveira Neto, esse não tinha a mínima intenção de sair do poder.
      O problema da UFPA é que tudo é decidido no gabinete do reitor, depois, o CONSUN só baba a cria aleijada levada no colo.
      Já copiei a imagem e vou utilizá-la nos documentos do meu setor, se o Meira não gostar que ele se exploda.

      • Carla Marinho disse:

        Em comentário passado indiquei a leitura de http://edilzafontes.blogspot.com/2009/12/entrevista-do-candidato-ao-governo-jose.html
        Não podemos esquecer que a marca de Alcyr Meira simboliza a ditadura militar na UFPA.
        “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, frase de Jarbas Passarinho, deveria ser o slogan do escudo do Alcyr Meira.
        Eu nunca imaginei que essa aguiazinha tivesse uma relação direta com os acontecimentos do passado negro do Brasil, mas tem, pois é um exemplo do poder de uma oligarquia.
        Eu que pensava que a arte era independente me enganei horrores.

  5. Jorge A. T. Santos disse:

    Ei vocês duas, o Alcyr Meira ainda está vivo e tem um escritório na Serzedelo Corrêa, é só ir até lá e dar uma surra nele.

  6. Pâmela disse:

    Caros professores da FAU:
    Gostaria de parabenizá-los pelos trabalhos expostos no site de vocês.
    E se fosse possível gostaria de receber por e-mail as fotografias, em alta resolução, onde aparece o Brasão Original da UFPA no Teatro da Paz.
    Não sou nenhuma estudiosa no assunto mas trabalho no Theatro da Paz e tudo que envolve a sua história desperta minha curiosidade.
    Obrigada pela atenção.

  7. fauitec disse:

    Cara Pâmela:
    Criamos uma nova postagem com as imagens de seu interesse:
    http://fauufpa.wordpress.com/2011/01/15/theatro-da-paz-31-de-janeiro-de-1959/
    Equipe de Edição.

  8. fauitec disse:

    Parte de material recebido por e-mail, não autorizada a identificação:
    http://www.buratto.org/gens/heraldica/gn_heraldica.html
    ‘ÁGUIA. Representa-se geralmente com as asas abertas, de pontas voltadas para cima, a cauda espalmada, as pernas abertas com as garras estendidas, a cabeça voltada para o flanco direito, ereta, com a língua de fora. Nesta posição chama-se estendida. Se tiver duas cabeças, em fugida, representa-se de igual modo quanto ao resto. Também se chama águia imperial por ser a insígnia peculiar do Sacro Império Romano. As vezes figura somente meia águia nos escudos, partida de alto a baixo, pelo que tem de ser a de duas cabeças, a fim de, quando aparece no segundo quartel do partido, não ficar acéfala. As águias devem-se representar muito estilizadas, com as asas bem espalmadas e de penas afastadas. Podem ter partes do corpo de esmaltes diversos do deste e, portanto, serem bicadas, lampassadas, sancadas e armadas e ainda estarem coroadas ou diademadas.’
    VOCABULÁRIO HERÁLDICO (segundo o ‘Armorial Lusitano’, de Afonso Eduardo Martins Zúquete)”

  9. Juan Lemos disse:

    Eu não falei, eu não falei?
    A águia atual da UFPA não é uma águia, é uma pomba lesa!

  10. fauitec disse:

    Outro e-mail recebido pelo fau.itec.ufpa@gmail.com:
    “É inacreditável como seis fotografias são capazes de dirimir dúvidas em relação a um fato.
    Li o texto “capítulo I A Invenção da Universidade Federal do Pará” publicado no blog da professora Edilza Joana Oliveira Fontes indicado por Carla Marinho em comentário.
    Se dele tivesse conhecimento sem olhar as fotografias postadas no blog da FAU ficaria difícil entender que:
    “A instalação da Universidade do Pará aconteceu no dia 1˚ de fevereiro de 1959 no Teatro da Paz e foi presidida pelo presidente da República, Dr. Juscelino Kubistschek. Compunham a mesa da solenidade o governador do Estado do Pará, Magalhães Barata; o Magnífico reitor da Universidade do Brasil, Pedro Calmon; o professor Antônio Martins Silva, reitor da Universidade do Ceará; o professor Olavo Meira, da Faculdade de Direito do Pará; os ministros Teixeira Lott, da pasta da Guerra, Francisco Negrão Lima, das relações exteriores e Clóvis Salgado, da Educação e Cultura. Estavam também presentes o chefe da Casa Militar da Presidência da República, General Nelson de Mello, além dos embaixadores do Brasil na Bélgica e na Suíça .” (http://edilzafontes.blogspot.com/2009/12/entrevista-do-candidato-ao-governo-jose.html)
    Muito menos imaginar a presença do marechal cearense Humberto Castelo Branco, primeiro presidente empossado pelo golpe militar de 1964, então comandante da 8ª Região Militar, compondo o Comando Militar da Amazônia, à mesa (http://fauufpa.files.wordpress.com/2011/01/ufpa-theatro-da-paz-1959-02.pdf).
    Os reitores citados por Edilza possuem “colares reitorais”, tal qual Mário Braga, bem preparado para tal liturgia. Acreditei serem pró-reitores da recém criada Universidade do Pará.
    As datas da instalação não coincidem pois Edilza fala em 1° de fevereiro e o blog da FAU em 31 de janeiro.
    Roberto Moraes, professor universitário do Estado do Rio, aposentado.”

  11. Roberto Moraes disse:

    Meira cometeu um sacrilégio em heráldica, portanto sua criação não é um brasão e sim uma marca, nada mais que isso.
    Do original de Pastana (?) ele retirou a ideia da águia sobre o livro e colocou esses dois elementos dentro de um brasão português, substituindo o francês presente na criação original, o que emoldura a seringueira.
    Não há possibilidade, em heráldica, que as asas de uma águia, ou outro elemento qualquer, vazem da proteção que guarda as nove áreas.
    Não sei se o de Pastana (?) se enquadra na categoria BRASÃO, pode até ser um “brasão brasileiro”, já que suas criações presavam pela valorização das coisas da terra brasilis e era um homem de vasta cultura.
    Se é mesmo dele isso pode, tenhamos certeza.
    Ver http://www.heraldaria.com/heraldicac.php#14 no item “Herádica en el resto del mundo”.

  12. Maria Albertina Alão de Albuquerque disse:

    Sou portuguesa e moro em Vigo, Espanha, para mais de dez anos. Deparei-me com este blog por outras notícias mais interessantes que esta que se discute.
    Como vi a intensa peleja lembrei-me de um maestro que tive na escola de diseño que me disse que uma marca pode ser qualquer coisa se a companhia for competente.
    O que parece é que a universidade de Pará, Brasil, tem que ser competente.
    Essa habilidade deve ser execitada não por conflitos e sim por consentimento das pessoas.
    As duas coisas podem existir juntas e ajudar na tradição de vossa universidade.

  13. Maria Albertina Alão de Albuquerque disse:

    Desculpem mas li que o autor do que se usa é vivo.
    Por que não se consulta essa pessoa para que ela possa dar sua versão sobre o que se discute?
    Todos parecem aqui ainda amargurados com a ditadura já findada no Brasil.
    Há escudos na Europa que são associados às barbáries mas tradicionais e uns até folclóricos que sustentam aldeias, vilas, paróquias.

  14. fauitec disse:

    Senhora Maria Albertina Alão de Albuquerque:
    Agradecemos sua vistita a este Blog, bem como esperamos pelo seu dileto retorno.
    Esta postagem parece ter causado um certo frisson entre os internautas, o que é surpreendente e gratificante, pois dentre os comentários há uma clara intenção de cooperação com o que não esteja resolvido.
    As intervenções são mediadas e não aceitamos o anonimato: é de nosso domínio nomes e e-mails; o que não se configura como plena garantia, já que é habitual o uso de “e-mails fakes”; contudo, os IP’s dos comentaristas também são registrados, no seu caso o de número 107.81.151.223.
    Não liberamos manifestações agressivas, mas opiniões adversas, inclusive às nossas.
    Como é irreversível a correção por parte do autor estranho, geralmente procedemos algumas correções de ortografia, concordância ou destaque; inclusive o fizemos no seu caso, consertando defeitos inerentes à digitação.
    O engenheiro-arquiteto Alcyr Boris de Souza Meira, ex-professor desta FAU, foi consultado nos primórdios da investigação.
    A questão apresentada ao Dr. Alcyr, em conversa telefônica, foi se ele teria conhecimento de alguma estampa anterior a dele — esta oficializada como escudo da UFPA pela Resolução Nº17 de 12 de junho de 1969.
    Ao que ele respondeu lembrar de uma ou duas encomendadas no Rio de Janeiro, onde Mário Braga Henriques passava boa parte de seu tempo; contudo, seriam elas alegóricas, mais apropriadas às agremiações carnavalescas.
    Marcamos um encontro, que, infelizmente, não ocorreu; nessa ocasião ele nos mostraria algumas anotações do memorial de sua proposta, provavelmente o texto encontrado na “17”, a “bula” do escudo institucional.
    A lacônica resposta de Alcyr Meira, dada antes de conhecermos o medalhão e as fotos do Theatro da Paz, corrobora a ideia de Manoel de Oliveira Pastana ser o autor do Brasão Original, uma vez que o artista, nascido na Vila de Apehu no Pará, residia no Rio de Janeiro à época e seu estilo, neo-marajoara “…se difundiu como uma verdadeira febre pelos mais diversos campos da ornamentação: ele podia ser encontrado desde em costumes e em bailes carnavalescos, como os idealizados por Carlos Hadler, em Rio Claro, interior paulista (GODOY, 2004: 113-119)…”; isto “Por volta de 1930, às vésperas do encerramento do primeiro período republicano…” (GODOY, 2004: 113-119) — citações encontradas no texto de Arthur Valle: http://fauufpa.files.wordpress.com/2010/08/repertorios-ornamentais-e-identidades-no-brasil-da-1c2aa-republica.pdf.
    Então, há de se compreender a aversão e descaso que tais produções gráfico-plásticas causassem em plena década de 1960, principalmente entre a “vanguarda”, sempre avessa à banalidade — que dirá o que estivesse trivial por mais de três décadas; se Meira nesse grupo se encaixasse, sua “nobre causa” abomínio, justificaria uma acurada leitura de O Príncipe, que determina a ética na política, para neutralizar o “cafona” e impor o “novo”.
    Todas as vezes que procedemos uma postagem nova sobre este assunto enviamos o link ao e-mail do professor Alcyr Meira.
    O Blog da FAU teria imenso prazer em publicar qualquer manifestação de um protagonista desta história; mas reservamos a qualquer um deles, vivos, o mesmo direito dado aos mortos: permanecer em silêncio; o que não nos impede em avançar, inclusive com imparcialidade.
    É admissível que alguns tenham interpretado as publicações Do Brasão Oficial da UFPA I, II e III como uma “peleja”, o que não é o caso, pois as duas simbologias podem muito bem coexistir: uma na condição oficial há quase 42 anos (46 oficiosos) e a outra como Memória e História da instalação de uma universidade federalizada no Estado do Pará.
    Assim bem o disse a senhora.
    Nossos agradecimentos,
    Equipe de edição.

  15. Juan Lemos disse:

    Vixe Maria! Como diz o teacher: “A curica pegou vento!”.
    E agora dona portuga de España?
    Mas que o troço é feio, isso é, quanto mais eu olho mais eu vejo a pomba lesa.
    Ou seria curica mesmo?

Deixe uma resposta