Possíveis referências adotadas pelo autor do Brasão Original da Universidade Federal do Pará contidas no Álbum de 1908 dos “oito annos de governo” (1901-1909) de Augusto Montenegro.
Sobre o Brasão D’Armas do Pará, imagem ao centro do círculo na capa do Álbum de 1908:
O Brasão de Armas do Estado do Pará foi criado em 9 de novembro de 1903, cuja lei foi sancionada pelo governador Augusto Montenegro.
É a Lei nº 912, que determina a criação de um Escudo d’Armas para o Estado.
Tem a seguinte redação:
“O Congresso Legislativo do Estado decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Artigo 1º – Fica criado um Escudo d’Armas para este Estado.
Parágrafo Único – O Escudo será vermelho, cortado por uma faixa oblíqua branca da esquerda para direita, com inclinação de 45º, tendo a mesma faixa ao centro uma estrela azul. Este Escudo avulta sobre outro, recortado nas extremidades de fundo róseo, encimando-o duas volutas ligadas a um pedestal, sobre o qual se vê uma altiva águia guianense prestes a alçar vôo.
No último plano por trás da águia, destaca-se o sol nascente. À base do escudo maior cruzam-se dois virentes ramos, um de seringueira e outro de cacaueiro. O primeiro acompanhando à esquerda os recortes do referido escudo e o segundo erguendo-se para a direita, entrelaçando com uma fita amarela, que se alonga até a parte superior do escudo sobre o qual se lê: ‘Sub lege progrediamur – Estado do Pará’.
Artigo 2º – Revogam-se as disposições em contrário.
O Secretário de Justiça Interior e Inscrição Pública assim a faça executar.
Palácio do Governo do Estado do Pará, aos nove dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e três – décimo quinto da República.
AUTORES
O arquiteto José Castro Figueiredo foi o autor do desenho e o historiador e geógrafo Henrique Santa Rosa fez a sugestão dos motivos para sua confecção.
SIMBOLISMO
O vermelho e o róseo representam as cores republicanas.
Os ramos de seringueira e cacaueiro representam a riqueza exponencial da época.
A águia guianense representa a altivez, nobreza e realeza do povo paraense.
A faixa branca corresponde à linha imaginária do Estado do Pará ao extremo Sul.
A estrela solitária representa o Pará como unidade da República Federativa Brasileira.
A inscrição latina Sub lege progrediamur, traduzida para o português, significa: ‘Sob a lei progredimos’.”.
Caro Haroldo,
Recentemente a UFPA fez um concurso para escolha da nova logomarca, felizmente nenhuma foi escolhida, busque no “google” imagens os termos “UFPA logomarca”, “UFPA símbolo”, “UFPA Brasão” e etc… e você verá algumas das propostas que vazaram na net. Dá para entender porque ninguém ganhou.
Caro José Maria:
O Blog HB, sobre tal certame publicou:
“O fato da UFPA não ter apontado sequer uma menção especial aos 806 inscritos causou constrangimentos à Instituição diante dos designers gráficos do país.
A logo foi definida de modo doméstico: um selo comemorativo contendo uma colagem de imagem do Google Earth simbolizou os 50 anos da Universidade Federal do Pará — já banida do site oficial pela datação e ausência de um notório autor premiado.
Notícia no ‘Design Informa’ reproduz, de modo ipsis litteris, o que a UFPA publicou à época (2006) na Web:
‘Concurso Logomarca da UFPA sem vencedor:
A Comissão Julgadora do Concurso Nacional para a criação da Logomarca UFPA, composta por Ana Pretuccelli, Edíson Farias, Fernanda Martins, Lívia Barbosa, Pedro Galvão, Rosenildo Franco e Valzeli Sampaio, reuniu-se nos dias 11, 13 e 27 de outubro de 2006, para avaliação dos 806 (oitocentos e seis) trabalhos inscritos no referido concurso provenientes de vários estados do país.
Após minucioso exame das peças concorrentes, observados os critérios de originalidade, adequação ao conceito, legibilidade, qualidade estética, viabilidade técnica e econômica, foi parecer unânime da Comissão que nenhum dos trabalhos apresentados atente integralmente as exigências do concurso, não tendo sido escolhido, portanto, a logomarca representante da UFPA, em consonância com o item 4.4 do Edital.’
( http://designinforma.blogspot.com/2006/11/concurso-logomarca-da-ufpa-sem.html ).”
Eu e o Roanldo Moraes Rêgo participamos daquele concurso com duas propostas, mesmo que avessos à mudança da marca tradicional da UFPA criada por Alcyr Meira; a questão era “não pecar por omissão” diante de 15 mil Reais.
Após o resultado, sem vencedores, do Concurso Público Nacional à escolhada da Logomarca da UFPA, o professor José Afonso Medeiros Souza, então diretor imposto do ICA, o híbrido Instituto de Ciências da Arte, montou, em sua cabeça iluminada, o que ele prepotentemente intitulou “Comissão de Notáveis” para elaborar uma proposta de logomarca a ser apreciada no CONSUN; nela figuravam: Alexandre Sequeira, Davi (não sabemos o sobrenome), Haroldo Baleixe, Luciano Oliveira e Ronaldo Moraes Rêgo — Afonso tacidamente orquestrara um “pano de fundo” para enaltecer seu desconhecido pupilo, seguramente portador de proposição de seu sectário interesse.
Eu e o Ronaldo nos negamos a participar desse REMENDO nonsense a um vacilo da UFPA diante do país, mesmo porque éramos dois dentre os 806 REPROVADOS; o Alexandre nos acompanhou na recusa, mas o Luciano, alheio aos acontecimentos, topou e concorreu diante do Conselho Universitário com o tal Davi, vencendo a disputa e embolsando 10 mil Reais (não mais 15).
Jamais se ouviu falar ou se viu esse resultado, afinal, deu ZEBRA: Davi não vencera “Golias”.
É isso Zé: a UFPA, infelizmente, tem histórias vergonhosas.
HB.