Uma das Reportagens feitas no dia do desabamento do Real Class.
Virtualidade.
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Erro estrutural uma pinoia, o engenheiro é genial, ele só cobrou 10 mil Reais pelo cálculo, o que é que a Real queria por esse preço?
Se a construtora desconfiasse da bagatela o prédio estaria de pé.
Ou ela é miserável mesmo, portanto: única CULPADA!
Ele calculou tudo direitinho, basta ver como caiu, certinho, melhor que muitas implosões hiper isoladas que saem erradas ao redor do mundo.
Imagine alguém lhe vender uma Ferrari pelo preço de um Mille pé duro, você compraria?
Aconteceu que “a cangula pegou vento”.
Não seria curica Marga?
Como é que professores universitários fazem comentários como se o acidente tivesse sido com um brinquedo no quintal da casa deles? E ainda mais me surpreende, o Blog de uma instituição da UFPA publicar e responder tal comentário.
Isso é piadinha pra mesa de bar (e de mau gosto)!
Tanto faz, acho, cangula tbm é um papagaio, se me lembro meus irmãos falando.
Ei Micaela Paraense, todos têm direito ao humor, mesmo que negro à moda inglesa, portanto guarde seu enfezamento pra si.
As pessoas frequentam o blog da fau justamente porque ele é leve, descontraído, às vezes engraçado.
Carrancudos como você tiram a graça das coisas para enfeiar ainda mais o mundo.
“¿Por qué no te callas?”
Roger, o comentário da Dayse, que coincidentemente tem o mesmo sobrenome seu, foi bem de acordo com o perfil dos usuários desse blog muito bem observado por vc: leve, descontraído, porém inteligente.
Nada contra o humor, seja ele inglês, espanhol, cearense ou papaxibé, tanto faz.
É Roger, parece que os ditos populares cabem aqui: “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”.
Agora, calar-me-ei!
“A curica pegou vento” (ou cangula no comentário da Marga, professora da graduação em música na UFPA) é apenas um jargão antigo usado nas ruas de Belém.
Das pipas não mais usuais, a cangula e a curica eram feitas de papel de embrulho ou de caderno, ambas com rabo inteiriço de jornal.
A cangula era estruturada por talas de piaçava retiradas da vassoura doméstica; não confundi-la com a sempre atual, com formato de losango, às vezes confeccionadas com sacos plásticos, diferente da rabiola e do papagaio*.
Já a curica, um pouco menor e sem armação, firmava-se pela torção no topo, onde se amarrava o início da linha do peitoral, e na base, final do peitoral e ponto de fixação do rabo, também por torcedura.
Eram circulares ou ovaladas – formas conseguidas por rasgos na dobradura para garantir simetria como nas bonequinhas de chuva – e se empinava com “linha branca” (não encerada) tirada da cesta de costura da vovó, de número 40: “podre”.
A curica, por ser rudimentar, era raro ir ao ar e manter-se estável; precisava estar um tiquinho acima do “treme”, jamais no “leso”.
Contudo, quando pegava vento…”Deus o livre”.
Perdão aos Internautas, mas não houve, em hipótese alguma, intenção de “brincar” com uma tragédia; mas, tão somentte, dar ênfase a um dito popular, que possui dúbio sentido; tal qual o citado na mensagem acima, de Micaela Paraense.
Poder-se-ia interpretar, no comentário de Ana Margarida Lins Leal de Camargo, sua opinião sobre um ente específico: a carga vertical vento.
De qualquer modo o laudo da Faculdade de Engenharia Civil apontou um culpado que terá pleno direito de defesa, saindo a FEC de uma inércia de apurações de fatos, como ocorreu no caso do edifício Raimundo Farias.
Desta vez, então, “A curica pegou vento” sim, porque o caso é investigado com o acompanhamento da imprensa e do Ministério Público; o que é uma justa satisfação à sociedade.
*O “papagaio” possuía, porque ninguém mais o vê pelo céu, um desenho “intermediário” entre a cangula e a rabiola profissionais, seu rabo curto era feito com tiras de trapo branco, onde a última era preta e, muitas vezes, escondia uma gillette inteira ou sua banda.
Dos três modelos comuns “pegava força” com facilidade, dificultando o ato de “dar cabeça”, o que requeria grande habilidade no “enterrar” – um mergulho súbito no ar.
Tinha ele composições variadas no recorte e cola do papel de seda: “borboleta”, “xadrez”, etc. e suas talas, de miriti, eram mais grossas, obedecendo a um cálculo estrutural que diferia entre os famosos artífices.
Os bambambãs da empina consideravam-no o melhor para o “pedura” (no “descai” a rabiola era imbatível por ser mais pesada), cortava “no gasgo” (próximo do peitoral, antônimo de “na mão”) ou fazia bem o “cortô e arô” (cortou e aparou); depois do “tá no laço” era só ouvir a molecada gritando em coro: ALVAI! – uma corruptela de “lá vai” – quando se via o adversário “chinando” pelas alturas porque não usara, no cerol, a cola preta do Mercado de São Brás e o vidro lavado da lâmpada fluorescente de 40watts.
(Recordações de uma infância sem skyline, que pode virar postagem em julho próximo, com o sol e as férias escolares.)
Meu Deus, quanto alarido!
A metáfora (ou licença poética da cangula que pegou vento) é o mesmo que dizer do comprometimento estrutural.
Foi um “atalho”, simplesmente.
Obrigada ao professor HB que se preocupou em discorrer tecnicamente sobre o dito popular.
Foi humor mórbido, sim.
Porém, mais trágico – não fosse risível – foi o desabamento de um prédio projetado, até onde se esperava, segundo rigoroso controle de cálculo e supervisão técnica de edificação.
Até onde nós – população ignóbia sobre engenharia – podemos confiar nos profissionais formados pelas universidades, seja esta a formação técnica e/ou ética?
A crise na formação profissional já é uma situação de chorar! e daqui do nosso lugar de expectadores patetas, a gente protesta com os recursos que tem.
Até – meramente – o da palavra.
Brilhantes, dona Micaela Paraense, os comentários dos “professores universitários” da “piadinha pra mesa de bar”.
A senhora é paraense ou só tem esse belo sobrenome?