Pelo dia de hoje, internacional ou não, da mulher, queria desejar às nossas colegas e amigas, e às moças que estão em torno dos nossos barbados amigos e colegas, que este seja um dia de cuidados e de respeito, e que isto se estenda pelos demais dias.
Que o valor da diferença entre os gêneros seja mais reconhecido e que reforce a dignidade delas, sem opressão.
Parabéns a todas vocês e a eles também.
Lembrei da bonita música do Chico: Moto-contínuo
Chico Buarque/Edu Lobo (disco Almanaque, 1981).
Um homem pode ir ao fundo do fundo do fundo
se for por você
Um homem pode tapar os buracos do mundo
se for por você
Pode inventar qualquer mundo, como um vagabundo
se for por você
basta sonhar com você
Juntar o suco dos sonhos e encher um açude
se for por você
A fonte da juventude correndo nas bicas
se for por você
Bocas passando saúde com beijos nas bocas
se for por você
Homem também pode amar e abraçar e afagar seu ofício porquê
Vai habitar o edifício que faz pra você
E no aconchego da pele na pele, da carne na carne, entender
Que homem foi feito direito, do jeito que é feito o prazer
Homem constrói sete usinas usando a energia
que vem de você
Homem conduz a alegria que sai das turbinas
de volta a você
E cria o moto-contínuo da noite pro dia
se for por você
E quando um homem já está de partida, da curva da vida ele vê
Que o seu caminho não foi um caminho sozinho porquê
Sabe que um homem vai fundo e vai fundo e vai fundo
se for por você
(Desculpem, mas foi o único videoclipe que achamos no Youtube.)
Muito bonito professor Juliano.
Valha-me Deus! Quanta cafonice!
Aí, “barbados” da FAU, é isso que as mulheres querem receber, hoje e sempre:
“O Meu Amor (Chico Buarque)
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh’alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz”
Recebi meu “certificado”. Adorei!
Tão gostoso, tão meigo ver esses homens barbados, meio sem jeito, escolhendo mil formas de dizer que nos amam; que somos importantes para eles; que estão até revendo seus conceitos machistinhas porque se rendem ao reconhecimento de que nós, mulheres, somos duca!
Adooooro constatar isso na doçura, no jeito meio ensaiado, meio filhote desses meninos.
E que assim continuem: “aprendendo” as mulheres.
bjs pra vocês.