A malícia da Folha de São Paulo


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É curioso como a grande imprensa sataniza o movimento acadêmico grevista colocando a sociedade contra o que ela mais carece: EDUCAÇÃO.
A oportunidade dada a leitora da Folha, que é estudante de uma universidade pública federal, demonstra uma escolha capciosa à defesa, com argumentos e redação pueris, onde o jornal deixa passar, propositalmente, até falhas na língua pátria (“Algumas verdades precisam serem ditas” é mau e “mau” é antônimo de bom, não de bem) para torná-la ridícula (na essência é Viçosa a vítima da troça).
Seria mais simples dizer que o governo é cínico e replica, como estratégia maquiavélica, uma proposta indecente fazendo com que todos acreditem (e divulguem) que os docentes são intransigentes.
Se as universidades têm alguma coisa que salte aos olhos é o que advém, como babugem, do capital privado que explora a fragilidade dessas instituições públicas.
Os famigerados “convênios” têm um propósito muito claro: tirar proveito da mão de obra qualificada e barata que teima, por idealidade, em permanecer nas universidades públicas.
Essa estupidez parece incorporada aos vencimentos, dando a falsa impressão que um professor titulado ganhe bem — o que seria insuficiente para pagar os remédios ao seu esgotamento nervoso diante das exigências desses “fomentos” à pesquisa — e tenha um ambiente salutar de trabalho.
Alguém conhece alguma investigação aprovada sem financiamento externo?
Bem, se não há, autonomia é balela.
É provável que ao futuro esteja reservado o fim das putas, dos jornais e das universidades; resta-nos intuir quem sumirá primeiro.
Mas…voltando à Folha…quanto ela paga para uma estagiária*?

*O uso do gênero é proposital.

Sobre o Projeto Laboratório Virtual - FAU ITEC UFPA

Ações integradas de ensino, pesquisa e extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará - em atividade desde maio de 2010. Prêmio Prática Inovadora em Gestão Universitária da UFPA em 2012. Corpo editorial responsável pelas publicações: Aristoteles Guilliod, Fernando Marques, Haroldo Baleixe, Igor Pacheco, Jô Bassalo e Márcio Barata. Coordenação do projeto e redação: Haroldo Baleixe.
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