A foto acima, enviada pelo colaborador José Maria de Castro Abreu Júnior, foi publicada na revista Pará Ilustrado Nº35 de 17 de junho de 1939; tal material compõe a Biblioteca Clóvis Moraes Rêgo, adquirida pela Universidade Federal do Pará por intermédio do professor Flávio Nassar, ora em catalogação.
O Clipper nº1, junto ao Posto Pará e às garagens Jaboti e Popular (pontos de taxi) — equipamentos públicos que circundaram a Doca do Ver-o-peso — são, por analogia formal supositiva, exemplos do Streamline Moderne na Arquitetura de Belém do Pará.
Como as três edificações estavam direta ou indiretamente ligadas a veículos com motor de explosão ou ao abastecimento de combustíveis e derivados, enxergamos uma estrita relação dessas com as montadoras de automóveis e companhias de petróleo dos Estados Unidos da América do Norte.
O comércio com os norte-americanos intensificou-se no período da Primeira Guerra Mundial — Fábrica Proença e A Harley-Davidson em Belém no ano de 1917 — e assim permaneceu no pós Segunda com Belém ainda base estratégica dos rescaldos deste último conflito global.
A chegada da NYRBA (depois PAN AM) em 1929 parece ter desencadeado uma afeição popular pelos glamourosos hidroaviões que sobrevoavam o Ver-o-peso e amerissavam na Baía do Guajará, sendo o CLIPPER Nº1 — um abrigo para passageiros inaugurado em 1939 que testemunharia a transição do transporte coletivo de bondes elétricos para ônibus — o festejado marco do Streamline Moderne aplicado à arquitetura do mobiliário urbano vizinho.
Para melhor compreensão desta postagem acesse o Clippers Sumário – atualização de 08.09.2015.
O ponto de vista da fotografia publicada na Pará Ilustrada já fora virtualizado pelo professor José Maia Coelho Bassalo no ano passado com base nas informações imagéticas de então:
Fonte: Blog da FAU.