Percebeu-se, na publicação O agrimensor baiano José do Ó de Almeida, algumas incongruências na pequena biografia levantada por Ernesto Cruz em seu livro RUAS DE BELÉM sobre José do Ó de Almeida.
O pesquisador do Museus Paraense Emílio Goeldi, Fernando Tavares, enviou-nos as páginas 270 e 271 do livro As origens do museu paraense Emílio Goeldi, aspectos históricos e iconográficos 1860-1921, de Luis Carlos Bassalo Crispino, Vera Burlamaqui Bastos e Peter Mann de Toledo (Editora Paka-tatu, 2006).
Confrontadas as informações de As origens… com as do jornal A República (15FEV1900), observa-se que Ernesto Cruz embaralha dois personagens da História: o agrimensor Coronel da Guarda Nacional José do Ó de Almeida, de fundamental importância ao Mosqueiro, com o Coronel (honorário) do Exército Antonio do Ó de Almeida, sogro de Lauro Sodré e pai do médico Antonio do Ó de Almeida Filho, Intendente Municipal e diretor do Goeldi em 1921.
Até o presente momento não encontramos nenhuma relação parental entre os coronéis confundidos por Cruz, o que derruba a afirmativa de que José do Ó de Almeida era baiano; José do Ó poderia ser natural do Rio de Janeiro ou mesmo cidadão português.
O que grifamos em vermelho, acima, faz parte da biografia de Antonio e não de José; para melhor entendimento basta clicar na imagem à abertura de um arquivo pdf que comprova o dito.
Por ora trabalhamos na montagem de um sucinto levantamento sobre a vida do agrimensor José do Ó de Almeida: Primeiro Piloto com Carta examinado na Academia Militar e de Marinha em 1833, na Corte do Rio de Janeiro (jornal Treze de Maio de 20MAI1846), morto em outubro de 1883 em plena atividade da descrição dos lotes de terrenos aforados na povoação de Santa Izabel do Pinheiro (jornal A Constituição de 04OUT1883).
As fontes da pesquisa estão nos hiperlinks.
Pergunto se o fotógrafo Emanuel Ó de Almeida, que trabalhou no jornal A Província do Pará e pai do cantor lírico era descendente de algum dos citados. Abraço, Luiz Braga
Luiz: não sabemos, ainda, dos descendentes de José ou de Antônio (ambos do Ó de Almeida) para além de seus filhos, nem se esses dois tinham algum parentesco entre eles próprios.
Possivelmente os familiares do Emanuel Ó de Almeida, por meio de suas certidões de nascimento, possam esclarecer e comprovar se existem essas relações.
Abraço.
José do Ó de Almeida
Esposa: Maria Romana Paes de Almeida
Filhos: Anesia do Ó de Almeida Mamoré, Esculápio José do Ó de Almeida e Lydia do Ó de Almeida Paumgartten
Antonio do Ó de Almeida
Esposa: Maria Toscano do Ó de Almeida
Filhos: Antonio do Ó de Almeida Filho, João Baptista do Ó de Almeida, Arthur do Ó de Almeida, Servula Almeida de Mello, Maria Almeida do Amaral e Theodora Almeida Sodré.
Haveria também José do Ó de Almeida, homônimo do Coronel José, que faleceu antes de Antonio (antes de 1900) e possuiu as honras de alferes honorario do exercito — encontrou-se referências a um alferes chamado José do Ó de Almeida Sobrinho que serviu no Deposito de Disciplina da Fortaleza de Macapá (1882) e em 1883 viajou para Macapá acompanhado de sua senhora d. Maria do Ó de Almeida, e suas filhas Anna do Ó de Almeida, de 9 annos e Alcibia do Ó de Almeida, de 3 (O Liberal do Pará de 6 de outubro de 1883); por ora a única possível conexão entre as famílias.
Luiz: espia o perfil do Emanuel Ó de Almeida traçado em 06 de março de 1989 na coluna Paulo Zing de O Liberal: https://fauufpa.files.wordpress.com/2016/05/o-liberal-06mar1989-emanuel-c3b3-de-almeida-em-quem-c3a9-ele-do-paulo-zing.jpg
Pleno 2022 e comecei uma pesquisa despretenciosa sobre a origem do sobrenome Ó… sucesso algum! Alguém tem qualquer informação sobre a origem desse nome de família incomum?