Uma visita ao Asylo do Tucunduba em 1921

O recorte acima é do Estado do Pára de 31AGO1921; a matéria se refere a uma visita de seu autor anônimo ao Asylo do Tucunduda um ano e meio após o lançamento da pedra fundamental  da Leprosaria Modelar que ocuparia significativa área do bairro do Guamá correspondente, por estimativa, a 15 quarteiões.
O narrador começa por dizer que penetrou na Silva Castro, depois passou pelo Quarteirão H que não reconheceu pelo matto inculto que dominara aquele terreno do marco da futura, mas nem sequer iniciada, Leprosaria Modelar.
Seguindo a estrada que ele (o jornalista) descreveu como margeada de espaço a espaço, por pequenas habitações, muitas em ruínas — sinalizando que a estrada (picada ou caminho) não seria via nova — o jornalista dobra à direita e vê o Retiro São Francisco, do mesmo modo que o médico Heraclides César de Souza Araújo diz, em seu livro, que era à direita da entrada o chalet de residência do frei Daniel de Samarate. 
Há unanimidade entre o jornalista e o médico de que a casa do Frei Daniel ficava à direita da entrada em curva da Silva Castro:

Tais informações, por ora, estão em contradição ao croqui publicado em Lazarópolis do Tucunduba — tentativa de configuração ilustrada:

Pelo material a entrada seria pela Barão de Igarapé Miri no sentido O/L; já os relatos, interpretados, revelam que a entrada dava panorâmica ao rumo NO/NE ou N/S; o que não invalida o leiaute do conjundo, mas põe em cheque sua orientação ou o posicionamento de seu portal.
Entrando-se pela Barão de Igarapé Miri o Retiro São Francisco ficaria à esquerda e não à direita.

Sobre o Projeto Laboratório Virtual - FAU ITEC UFPA

Ações integradas de ensino, pesquisa e extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará - em atividade desde maio de 2010. Prêmio Prática Inovadora em Gestão Universitária da UFPA em 2012. Corpo editorial responsável pelas publicações: Aristoteles Guilliod, Fernando Marques, Haroldo Baleixe, Igor Pacheco, Jô Bassalo e Márcio Barata. Coordenação do projeto e redação: Haroldo Baleixe.
Esta entrada foi publicada em Arquitetura e Urbanismo, História, Memória, Patrimônio e marcada com a tag , , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe uma resposta