CONTRA PROIBIÇÃO TACANHA DA ARTHUR VIANNA


A Biblioteca Pública Arthur Vianna VETOU de modo ABSOLUTO o registro fotográfico de qualquer OBRA RARA de seu acervo, dando uma clara demonstração que caminha na contramão da democratização da informação.
Hoje ninguém pode sacar do celular — aquele aparelhinho que propicia as absurdas contas emitidas pelas operadoras e arrecada altos impostos ao Estado via ICMS —, ou máquina fotográfica (que também gera recursos ao Estado), para clicar algo de interesse no Setor de Obras Raras da BPAV; há de se fazer solicitação da digitalização de tal material, pagar R$2,00 por lauda e aguardar um prazo de mais ou menos 10 dias para…seguir assuntando.
O equipamento disponível para esse serviço é amador e de dimensão restrita, cobre apenas a superfície do formato A-4; ou seja: se pagará por um produto ordinário, sem nenhum controle de qualidade.
É astucioso impedir pessoas da utilização de instrumentos próprios de captação de imagens para obrigá-las a COMPRAR uma MERCADORIA cartelizada-virtual-insatisfatória por preço abusivo (um caso de PROCON, não?).
Isto é um desserviço à EDUCAÇÃO e à CULTURA do povo paraense que vê na guardiã de sua memória uma madrasta cruel e insensata.
Desse modo, acabaram-se as pesquisas acadêmicas, porque professores e/ou alunos não terão como custeá-las, a não ser que haja previsão dessa nova rubrica nos orçamentos dos projetos financiados.
E como ficarão crianças e jovens que têm no conhecimento a única saída à miséria social?
Aparelhos celulares, que geralmente não possuem flash, são inofensivos às obras, raras ou não; pode-se dizer o mesmo da luminosidade emitida pelo escâner?
Que a Arthur Vianna ache outro meio de ganhar dinheiro*, que não usurpando o pobre cidadão que busca sua identidade, supra-necessária ao amor pátrio e ao desenvolvimento do intelecto — alimentos sãos do Estado Justo —, nos rincões dessa uma daí.

Se você concorda com o raciocínio, envie um e-mail ao Gabinete da Biblioteca Pública Arthur Vianna (gbpav@fcptn.pa.gov.br) e pergunte o PORQUÊ de tudo isso?

*Buscar parceria com as operadoras de telefonia móvel já seria um bom começo; talvez essa atitude desse um respaldo profissional e sistemático à preservação do inestimável patrimônio documental do Pará, bem como viabilizaria disponibilizá-lo na Internet com qualidade indiscutível.
Quantas publicações digitais a Biblioteca Pública Arthur Vianna possui hoje? Pelo que saibamos, nenhuma.

Opinião assinada: Haroldo Baleixe.

Sobre o Projeto Laboratório Virtual - FAU ITEC UFPA

Ações integradas de ensino, pesquisa e extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará - em atividade desde maio de 2010. Prêmio Prática Inovadora em Gestão Universitária da UFPA em 2012. Corpo editorial responsável pelas publicações: Aristoteles Guilliod, Fernando Marques, Haroldo Baleixe, Igor Pacheco, Jô Bassalo e Márcio Barata. Coordenação do projeto e redação: Haroldo Baleixe. Membros da extensão do ITEC vinculada à divulgação da produção de Representação e Expressão: Dina Oliveira e Jorge Eiró.
Esta entrada foi publicada em Opinião e marcada com a tag , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

3 respostas para CONTRA PROIBIÇÃO TACANHA DA ARTHUR VIANNA

  1. Hugo Foro disse:

    Conhecimento é um bem que não deveria ser negado a nenhum ser humano, um agente de transformação social. Vamos fazer algo para reverter essa situação!

  2. Aldrin Figueiredo disse:

    Essa proibição é incrível e absurda. Os principais arquivos do mundo permitem fotografar ou quando não oferecem uma reprodução de qualidade com um preço infinitamente menor. Eu, faz tempo, não vou mais à Biblioteca Pública, desde que começaram com essa palhaçada, usando o nome da Biblioteca Nacional que, muito ao contrário do que aqui acontece, tem democratizado o acesso à informação.

Deixe uma resposta