Igor Pacheco, editor do site Fragmentos de Belém, nos enviou uma fotografia que pertence à Biblioteca Vitual do IBGE; seria a Praça do Relógio, em 1951.
Contudo, se observarmos os dois únicos ônibus estacionados, encontraremos semelhanças com o design do ACF MODEL P-516, do ano de 1933.
A imagem também sugere que os coletivos de sete janelas são novos, talvez um investimento na mudança de comportamento dos cidadãos e do “alto commercio” que premiara o intendente senador Facióla, em 1929, com um automóvel Cadilac, pelo fato daquele ter aberto e pavimentado vias antes da Revolução de 1930; tal feito repercutiu junto à classe dos Chauffeurs, que o presenteou com um retrato em tamanho natural.
Não há, na imagem do IBGE, nenhuma estrutura para um terminal rodoviário, nem mesmo o CLIPPER que acreditamos ser a primeira construção que já respondia à necessidade de abrigo e serviços para passageiros, tanto dos bondes quanto dos primeiros ônibus.
O calçamento ainda é o original, sem ou “dentes” de 45º, como mostra a foto da coleção Allen Morrison, em âgulo oposto:
Em 1951, segundo folhinha de 1952, parte da estrurura para um terminal roviário já coexistia com o primeiro CLIPPER (só não se pode afirmar, pela imagem, que já estivesse duplicado):
Em outras palavras: a datação da foto do IBGE tem tudo para estar equivocada.
Postscriptvm (25/mar/2013):
No detalhe da fotografia de 1951, que mostra o CLIPPER sem provocar certeza de sua ampliação (apenas sugere), vê-se ônibus de modelos mais modernos que os da imagem do IBGE.
De todo modo, o que é possível ser visto neste pormenor, dá subsídios ao dimensionamento do equipamento urbano há muito demolido.
Postscriptvm (o1/11/2014):
Acompanhe a evolução da pesquisa pelo SUMÁRIO que dá acesso às postagens sobre CLIPPERS até 24/10/2014.
Algumas informação contidas nesta postagem podem ter caído por terra em consequência da aparição de novos registros documentais.
Não fazemos nenhuma reparação nos textos originais, apenas colocamos esta nota ao final das publicações cobertas pelo período do resumo.
Aprendamos com os nossos erros.