O Clipper Nº2, do qual se tem poucas imagens fiáveis que permitam a reprodução de seu desenho, aparece em fotografia publicada na revista Vida Domestica de novembro de 1939.
Apesar da falta de nitidez observamos a aparência de duas escadas de acesso lateral traseiro à laje e não uma só como imaginávamos — o Clipper Nº2 fora projetado, também, com a função de palanque.
(O Kiosque da Port of Pará, obra de Francisco Bolonha à semelhança do Bar do Parque, também pode ser visto na mesma foto.)
O que disse A Folha do Norte de 17 de fevereiro de 1939 sobre o Clipper Nº2:
“… o senhor prefeito de Belém, resolveu auctorizar a construção de outro, no boulevard Castilhos França, na junção da referida via pública com a avenida 15 de Agosto…” e “… A construção, que terá um vão de 12 metros de cumprimento por 5 de largo, coberto por uma lage de cimento armado, é accrescida por uma pestana de 2 metros, também em cimento armado, sobre a rua, de maneira a permitir aos passageiros tomar qualquer vehiculo, bonde ou omnibus, sem molhar-se. A referida lage, servirá de ‘terasse’, de onde, em dias de festas, as autoridades e convidados, poderão assistir ao desfile de tropas, cortejos, etc…”.
De todo modo o Clipper Nº2 foi o único abrigo do tipo clipper construído na Castilhos França — apesar das formas distintas que assumiam essas paradas/abrigos com comércio e serviços, algumas correlacionadas ao Streamline Moderne da arquitetura estadunidense como o Clipper Nº1 visivelmente calcado no hidroplano Fairchild 91 (Baby Clipper), suas técnicas construtivas eram a mesma: o cimento armado, como chamavam o concreto à época.
Postscriptvum:
A mesma carioca Vida Doméstica de novembro de 1939 mostra kiosques e uma das “asas” do Clipper Nº1 em sua configuração original.
Que pena… mas não so isso peerdemoss. Agora até as cores das casas não correspondem a nossa memoria… alias, a memoria de quema tem, ainda.