Elevador (ascensor) presente no apêndice fotográfico do livro Querido Ivan, de Haroldo Maranhão: tal equipamento, mal enjambrado em uma das janelas que dão à 1º de Março pelo primeiro pavimento (térreo) da Gaspar Vianna, não se coaduna ao conjunto.
Em O novo edifício da Folha do Norte inaugurado em 1931 (in post) nos comprometemos em identificar as imagens que compõem Querido Ivan, de Haroldo Maranhão; de lá para cá algumas questões vieram à tona, foram investigadas e obtiveram respostas arrazoadas também figurativas.
Com o mesmo procedimento tentaremos explicar o porquê desse elevador não estar na inauguração da Folha do Norte em 1931 sendo lá posto em um porvir ora indefinido.
A própria fotografia apresenta a incongruência do equipamento diante de uma janela impedindo o movimento pleno de uma de suas folhas.
A Folha do Norte possuía um ascensor de serviço que interligava as oficinas; a última delas com a redação e gerência — certamente nenhum desses elevadores alcançava a Residência dos Maranhão de João que ocupava a completude do último pavimento.
Começamos do bê-a-bá, lendo ou cotejando as provas de paquê que subiam da oficina. Faziam o trajeto redação-oficina-redação pelo tosco elevador puxado a cabinhos…
O elevador descrito por Haroldo Maranhão localizava-se quase que exatamente na esquina da 1º de Março com o Bulevar da República, entre os dois últimos vãos de janelas; entretanto, o outro, não tão tosco, fora posteriormente posicionado em um dos sete vãos gradeados da 1° de Março, provavelmente o terceiro no sentido Gaspar Vianna/Bulevar Castilhos França que interligava a gerência (2º pavimento) à rotativa (térreo da Gaspar Viana) — aqui o vazio de sua passagem: na sala de espera (da gerência) e por trás da rotativa:
Colaboração: Maria Regina Faciola Pessôa.
Excelentes essas matérias sobre o jornal Folha do Norte.
Pesquisas muito bem embasadas e ilustradas.
Um tesouro ao entendimento da nossa História pela arquitetura de um prédio significativo de Belém.