Na postagem anterior, bem como em outra ocasião, publicamos a fotografia de uma maquete do Núcleo Pioneiro da UFPA veiculada em 1966 no impresso de ideologia favorável à Ditadura Militar intitulado Amazônia é Brasil – Comemoração do primeiro centenário da abertura dos portos da amazônia. Vitória Régia Editora, Brasília. Organizador Aldebaro Klautau:
Na comparação desta com uma fotografia da virada dos anos 1960/70, que mostra a situação real da construção do Núcleo Pioneiro da Cidade Universitária (UFPA), vê-se que a fotografia da Amazônia é Brasil está invertida (espelhada), apontando, em correção, à seguinte lógica perceptiva:
Abaixo os argumentos a essa hipótese, mesmo que na maquete se tenha o vazio de dois blocos na segunda fileira e a ausência do quadrante executado para estacionamento:
1: descontinuidade nas coberturas dos dois últimos blocos; 2: os quatro blocos frontais construídos mostrando parte de uma praça com estacionamento; e, 3: o quadrante próximo ao rio Guamá com estacionamento, onde se erigiu, mas não há na maquete, o Bloco A, que hospedou o curso de Arquitetura no início da década de 1970.
Observar que o Bloco A é o mais próximo à rodagem e de franca vista ao rio tal qual o é o Ateliê de Arquitetura e Urbanismo (coincidência?).
Conclui meu curso de arquitetura em dezembro de 1971 e lembro que o nosso bloco era o último no sentido de quem entrava pelo portal da Estrada Nova. Ficávamos com os janelões abertos para o lado do rio. Costumávamos colocar as pranchetas na grama por causa do calor. Depois a FAU saiu de lá já com outra turma.
Fantástica esta descoberta, principalmente agora, quando se quer dar novos destinos a esses blocos.
Por que o Bloco A não aparece na maquete?