
Em Crônica de algumas perdas anunciadas; por Jussara Derenji, publicada no jornal O Liberal de 30JUL2000 e aqui reproduzida em 17OUT2011, há o plano de fachada do Palacete Faciola assinado pelo engenheiro-arquiteto José de Castro Figueiredo em 1895; entretanto, sob a bandeira da porta de entrada, encimando-a, há as iniciais de Bento José da Silva Santos: B. J. S. S. (seguidas de pontos) à semelhança do que há na Rocinha do Museu Paraense Emílio Goeldi vendida ao governo do Estado do Pará em 1895 por Bento e sua primeira esposa Maria Catharina.

Isto elimina qualquer dúvida sobre o contratante dos serviços profissionais de Castro Figueiredo: Bento José da Silva Santos.
A descoberta traz outras incertezas: essas iniciais (B. J. S. S.) foram de fato executadas em argamassa ou outro material (ferro como no exemplo da Rocinha) no lugar programado; ou: já se via, na inauguração do prédio, o FS que está lá até hoje?
Isto abre espaço ao Servita Faciola numa possível reforma como a que alterou a platibanda acrescentando a ela elementos como concha, volutas e anjo (?) em composição no frontão.
A foto emblemática de 1898 (publicada em 1899) mostra que tal ornato arquitetônico inexistia nos primórdios do Palacete Silva Santos; já as iniciais de Bento, se foram levadas à prática na fachada, a mangueira encobre.
(Aliás: só quem viu o B. J. S. S. foi o nosso editor sênior – todos somos -, Fernando Marques.)