Imagem ampliável para melhor visualização e análise
A fotografia acima, de autor e data desconhecidos, parece ser a mais antiga imagem pública da construção que pode ter dado origem ao apelido CLIPPER às PARADAS (abrigos com serviços) de bondes e posteriormente ônibus de Belém, seus distritos e municípios do interior do Estado.
O BF trabalha com a hipótese de que a população encontrou nela alguma semelhança com as formas dos hidroaviões que cruzavam os céus do centro da cidade e amerrissavam na baía do Guajará durante toda a década de 1930.
Sabe-se, de modo confiável, que a PARADA não foi levantada antes da Quadra Nazarena de 1935 e supõe-se que antes de 1940 ela já existisse.
Igor Pacheco, editor do site Fragmentos de Belém e colaborador do BF, nos enviou algumas notícias de jornais dos anos 1947, 1951 e 1989 que se referem aos CLIPPERS e serão apresentadas na sequência; abaixo da caixa do Scribd teceremos algumas consideração a essas publicações; ei-las (as notícias de jornais):
Resumo:
1. Em 22 maio de 1947 estava em construção, por um comerciante, o CLIPPER Magalhães Barata, em Igarapé-Açu.
2. Em 16 de maio de 1951, quase quatro anos depois (de Igarapé-Açu), o vereador Felinto de Azevedo Lobato propõe à Câmara Municipal de Belém a construção de abrigos (no modelo CLIPPER) no subúrbio: “…nos bairros do Telégrafo Sem Fio, Guamá, Curro Velho, Cremação, Jurunas e Cidade Velha…”.
3. Em 22 de agosto de 1951 diz-se que o prefeito João Guimarães, “que se dá ao vício da embriaguez”, fez construir, no largo da igreja, um CLIPPER, para seu filho; isto acontece em São Sebastião da Boa Vista.
4. Em 24 de setembro de 1951 noticia-se que a proposição do vereador Felinto fora rejeitada.
5. Em 11 de fevereiro de 1989 O Liberal publica uma nota que dá conhecimento de um CLIPPER remanescente: o “do trevo da estrada Belém-Mosqueiro”.
Diante das revelações acima percebe-se que os CLIPPERS já estavam bastante popularizados fora dos limites de Belém e assim permaneciam em 1989.
Em 1947 um CLIPPER “chegava” ao município de Igarapé-Açu, justamente no ano em que os bondes pararam de circular em Belém.
A foto da postagem mostra que o CLIPPER da Avenida Portugal, entre a 15 de Novembro e a João Alfredo, estava, ainda, a serviço dos bondes.
Só nos resta descobrir a data exata dessa edificação, de sentido lógico se antes da virada da década de 1930 à de 1940, período pré-Guerra.
Postscriptvm (o1/11/2014):
Acompanhe a evolução da pesquisa pelo SUMÁRIO que dá acesso às postagens sobre CLIPPERS até 24/10/2014.
Algumas informação contidas nesta postagem podem ter caído por terra em consequência da aparição de novos registros documentais.
Não fazemos nenhuma reparação nos textos originais, apenas colocamos esta nota ao final das publicações cobertas pelo período do resumo.
Aprendamos com os nossos erros.