Segundo Marc Herold, no artigo Gelo nos Trópicos: a exportação de “Blocos de cristais da frieza ianque” para Índia e Brasil , publicado na Revista Espaço acadêmico (UEM) 126 de novembro de 2011, Francisco Bolonha era proprietário de três fábricas de gelo, como transcrevo a seguir:
“A indústria de gelo artificial no Brasil na virada do século XX foi mais desenvolvida no Pará ou Belém, situada na foz do rio Amazonas. Enorme riqueza havia sido gerada lá e rio acima, em Manaus, pelo ciclo da borracha. O pioneiro da indústria de gelo no Pará foi um engenheiro italiano, Francisco Bolonha (1872-1938), treinado em Rio de Janeiro. Junto a um número de sócios locais, Bolonha estabeleceu com sucesso três fábricas de gelo durante 1896-99 e foi tal o êxito que uma fábrica que usava máquinas francesas teve que fechar. Um relatório consular dos EUA de 1894 de Pará, se referiu a uma pequena fábrica de gelo que operava no Pará, com uma capacidade de 2 toneladas por dia e o gelo sendo vendido a 3 ½ centavos por libra, um preço alto que estava limitando a demanda. Bolonha e seus parceiros na sociedade, Bolonha, Paiva, & Cia operavam a Fábrica de Gelo Paraense, a Fábrica de Gelo Crystal, e a Fábrica de Gelo Reducto. Bolonha tinha visitado os Estados Unidos para comprar equipamento para fabricar gelo de uma empresa em Delaware, Remington Machine Co.” (2011. p. 156-157).
Aqui fica a dúvida, seria o prédio da Rua São Francisco uma das fábricas de Bolonha?
Foto (e texto): Cybelle Miranda, 2012.
Está, salvo engano, chamava-se Fábrica de Gelo São Jorge.
Nao entendi por que esse predio esta relacionado com a Fabrica de Bolonha.
Se a memória não me trai (e acho que não me trai), meu avô trabalhou neste prédio no fim dos anos 60 ou começo dos 70. Funcionava aí a representação do Ministério da Indústria e Comércio no Pará.
Este prédio parece muito a sede da firma Salvador Mesquita e C., construtora do Grande Hotel… segundo o livro “A memória da Hotelaria de Belém e o Grande Hotel”…
Bom dia!
Sou herdeira da fábrica de gelo são Francisco e Francisco Bolinha não foi sócio.
A mores pertenceu a 5 sócios e depois o único proprietário foi João Maria de Souza ,meu avô
Você poderia nos ajudar com fotos e documentos?
Francisco Bolonha não era italiano, nasceu em Belém/Pa onde hoje funciona a Casa da Linguagem