A residência número 22 da passagem Mac Dowell mostra, pela pequena placa em ferro e esmalte já desgastados incrustada à moldura da porta, que a mesma fora segurada contra incêndio pela Companhia de Seguros Marítimos e Terrestres PARAENSE.
O escudo da Companhia Seguradora Paraense tem, no mínimo, 94 anos, já que em 1922 tal companhia entrou em liquidação.
A Villa Operária Conselheiro (do Império) Samuel Mac Dowell foi em boa parte construída pela Companhia Constructora Paraense de Antonio José de Lemos e sócios (Mac Dowell era um deles), depois, com a liquidação da Contructora, assumiu o empreendimento a Amazonia Companhia de Seguros Marítimos e Terrestres que mudaria o nome para Villa Amazonia.
No ano de 1922, menos de um mês após a liquidação da seguradora Paraense, a seguradora Amazonia teria o mesmo fim:
Por ora investigamos quem adquiriu esse conjunto de casas que compunha o ativo da Amazonia Companhia de Seguros Marítimos e Terrestres; contudo, essas informações que buscamos podem estar contidas nas escrituras públicas daqueles imoveis, as quais ainda não tivemos acesso.
Leia mais sobre o assunto em:
Passagem Mac Dowell — 125 anos da benção
A Villa Mac Dowell foi rebatizada Villa Amazonia
A Villa Mac Dowell da Constructora de Antonio Lemos
Redesenhando a Villa Operária Mac Dowell
A presença de Mac Farlane na Villa Mac Dowell
Redesenhando a Villa Operária Mac Dowell (2)
Estas placas de seguradora são lindas. Algumas casa em Belém ainda tem. Merecia um safari pela cidade para cata-las. Tem uma com uma âncora que ainda se acha muito. A mais linda era a da Garantia da Amazônia, uma mulher com um escudo defendendo crianças. O único lugar que tinha ainda era o Mercado de Carne. Na última reforma tiraram todas, haviam pelo menos uma em cada entrada. Muito triste.