Autor da fotografia: Antonio Rocha Penteado.
Fonte: BELÉM DO PARÁ (Estudo de Geografia Urbana).
Foto comparativa 47 anos depois:
Postscriptvm (01/11/2014):
Acompanhe a evolução da pesquisa pelo SUMÁRIO que dá acesso às postagens sobre CLIPPERS até 24/10/2014.
Algumas informação contidas nesta postagem podem ter caído por terra em consequência da aparição de novos registros documentais.
Não fazemos nenhuma reparação nos textos originais, apenas colocamos esta nota ao final das publicações cobertas pelo período do resumo.
Aprendamos com os nossos erros.
Postscriptvm 2 (05JUN2018):
O não clipper da Castilhos França derrubou esta publicação, pois o que se vê aqui é um posto de combustível de bandeira ESSO.
Ao acompanhar as postagens sobre os “clippers” de Belém, fiquei curioso quanto a utilização do termo em inglês para designar um mobiliário urbano característico dos anos 50 e 60 em Belém e em outras cidades brasileiras (?). Uma pesquisa rápida indica que “clipper” em inglês é o nome dado ao mais rápido navio a vela. Foi usado principalmente em viagens de longo curso no séc. XIX. Surgiu nos E.U.A., e tem como características o casco afilado, o grande comprimento e um número de velas muito maior que o dos demais navios de mesmo porte. Acredito que a utilização do termo tem referência a forma das pequenas construções inspiradas no barco citado, ou ainda nas linhas art decó, ou proto-modernistas. Com a palavra os historiadores da arquitetura…
Zé Júlio:
Outra possiblidade para o nome CLIPPER, que se fosse considerada válida, garantiria a exclusividade do nome de nossas paradas antigas de ônibus, seria o fato de na década de 1930 surgir um hidroavião de casco capaz de transportar muito combustivel e ter autonomia de voo: era o CLIPPER; em alusão, claro, ao veleiro rápido, corsário.
Há modelos clássicos como o China Clipper, o Boeing 314 Yankee Clipper e o Sikorsky S-40.
Quem sabe se, pela modernidade e luxo da atividade de voar, os belenenses, que já conviviam com a Pan Air, não resolveram associar as formas das asas do hidroavião à tipologia das nossas paradas de ônibus, principlamente em relação à cobertura plana com chanfro boleado, e dar a elas um apelido, que pegou direitinho.
“Em 2/3/1931, a empresa (Pan Air) inaugurou seu primeiro serviço para passageiros, entre Belém e Santos, uma vez por semana, com uma frota de três aviões Sikorsky S-38 e cinco Commodore – ampliada nos três meses seguintes para cinco Sikorsky S-38 e seis Commodore. A viagem entre Belém e Rio de Janeiro, pela costa, era efetuada em três dias.” (http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0058a.htm).
Vejo isso como possibilidade porque os CLIPPERS “proto-modernistas” da década de 1940/50, que se livravam do “art decó” dos anos 1930, parecem assumir o desenho desses hidroaviões em outra interpretação (simplificada): as colunas de concreto das PARADAS inclinam-se como as estruturas das asas dos CLIPPERS que voavam e amerrissavam de verdade às proximidades do Ver-o-peso, no cais da Pan Air.
Mas, deixemos que a galera da teoria elucide essa questão, isto é apenas um chute de blog, sem pretensão acadêmica.
Abraço,
Haroldo.